Crises e escândalos que balançaram a IASD
A Igreja Adventista passou por inúmeras crises, sendo a mais recente a renúncia do Presidente da Conferência Geral, Roberto S. Folkenberg.
O escândalo mais recente foi do Pastor Elizaphan Ntakirutimana e do seu filho, médico da ADRA, condenados por um Tribunal da ONU pela responsabilidade direta na morte de mais de mil adventistas em Ruanda.
Nenhuma dessas crises ou escândalos são lembrados por mais que 2 anos e logo ficam apagados no tempo.
Conradi quando denunciou as cópias de Ellen White, no princípio do século vinte, sacudiu a IASD por ter sido um destacado administrador, mas logo se tornou um pastor batista e com isso ajudou a sarar a ferida.
O livro do pastor e professor Walter Rea - White Lie - ocasionou mais danos à IASD que os adventistas do Brasil tiveram notícia. O livro não foi traduzido para outras línguas e os seus efeitos ficaram circunscritos aos Estados Unidos, onde milhares de adventistas abandonaram a igreja e a administração passou por uma grave crise financeira.
Tenho um jornal de Washington que reporta em meia página, a desolação nas igrejas Adventistas da região e a profunda crise financeira por que passava a IASD.
Foi nessa ocasião que a Conferência Geral parou de exportar missionários, e o fluxo do dinheiro mudou de sentido. Hoje o dinheiro do dízimo recolhido em todo o mundo, termina nas divisões e na Conferência Geral.
(não tem lógica, uma igreja pobre do interior do Brasil, estar também contribuindo para o orçamento milionário da Conferência Geral --- antes a Conferência Geral juntava dinheiro nas igrejas ricas da América e mandava para essa igrejinha pobre do interior do Brasil).
Em menor grau, a Internet fez reviver essa crise, porém sem a força das gravuras do livro, o impacto ficou diluído. Hoje a crise evoluiu para um descrédito crônico e generalizado de Ellen White.
Se a questão da Trindade tem potencial para gerar uma formidável polêmica na IASD, há que se lembrar que essa discussão tem quase 1600 anos.
A capacidade de sofismar do homem resiste a qualquer argumento, e não é a discussão desse mérito que levaria a IASD a uma nova crise.
No máximo irá levar a IASD a uma prolongada agitação, como gosta definir Ted Neal Wilson.
Uma tal crise, nunca vai contagiar uma substancial maioria adventista que prefere sempre ignorar a tempestade, e enterrar a sua cabeça na areia.
Porém, é justamente na questão da mudança onde aparecem ingredientes novos, que desacreditam irremediavelmente a administração, e faz os adventistas se sentirem enganados por seus guias.
A perda da confiança na administração da igreja, desta vez não se limita a uma crise transitória, mas o que se vê é um alicerce em ruínas.
A administração da Igreja Adventista que se diz "guiada por Deus" vai ter muita dificuldade em convencer, quando ela mesma esteve mais de 100 anos vagando nas trevas e sem conhecer "a verdade da Trindade".
Em menos de 2 anos, muitos grupos dissidentes estão surgindo na igreja Adventista, (leigos) e parece ser um processo que veio para continuar indefinidamente.
Publicado originalmente em http://www.adventistas.ws
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