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"Fiz uma aliança com Deus: que ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer, tanto para esta vida quanto para o que há de vir." - Martinho Lutero

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

OS ADVENTISTA NÃO SÃO EVANGÉLICOS

por César Vidal (18.10.07)
Esclarecedor e significativo artigo de César Vidal Manzanares, em Protestante Digital. Os Adventistas Não São Evangélicos Ou que querem, meus irmãos, que lhes diga?
Permito-me nesta semana fazer uma pausa na série que estou escrevendo sobre o que nós evangélicos devemos pregar porque li uma notícia nesta mesma página cujo comentário nem posso nem quero evitar. Em resumidas contas, a Aliança Evangélica Mundial declarou oficialmente que os adventistas NÃO são evangélicos. Rogo a meus irmãos que me desculpem, mas não posso evitar recordar as penalidades que realizar essa mesma afirmação me acarretou durante quase três décadas. Que os adventistas NÃO eram evangélicos esteve sempre claro para mim. Converti-me lendo a carta aos Romanos e quando, em algumas semanas depois, em minha casa chegou um casal de adventistas com quem conversamos e contaram-me que estávamos debaixo da lei, me percaté de que sua versão da salvação se distanciava muito do contido no Novo Testamento. Em alguns meses depois conheci uma igreja evangélica na qual me batizei e nenhum desses passos me fez mudar de opinião. De fato, durante um par de anos vivi num ambiente no qual ninguém tivesse questionado que os adventistas NÃO eram evangélicos. Mas então se fraguó o plano para assinar uns acordos com o Estado através de uma nova entidade criada com essa finalidade e que recebeu o nome de FEREDE(1). Opus-me à FEREDE desde sua criação por várias razões, mas uma das mais claras foi o fato de que admitisse em seu seio aos adventistas, os quais NÃO são evangélicos. Cria eu, então, em minha ingenuidade, que o mais seguro é que os adventistas não entrariam na FEREDE ou que acabariam saindo dela imediatamente ou que denominação após denominação abandoná-la-ia. No entanto, pouco a pouco fui vendo como, em privado, não poucos de meus irmãos não tinham problema em me dar a razão, mas, em público, calavam ou inclusive afirmavam que os adventistas eram evangélicos ou quase isso. Não estava eu disposto a me calar ante aquela aberração e, como sempre sucede, ainda que eu então não o soubesse, vieram as conseqüências. Por exemplo, um conhecido pastor que jamais falou comigo me dedicou um artigo de duas páginas numa revista de breve duração chamando-me de tudo por negar que os adventistas fossem evangélicos. Segundo a personagem em questão, eram, além disso, a denominação mais importante da Espanha. Mas eu segui falando. Então começaram a circular histórias truculentas sobre mim que se espalhavam em círculos privados para que se estendessem em público. Mas eu segui falando. Recebi convites de representantes oficiais dos adventistas nas quais se alternaram o bordão e o afago. Mas eu segui falando. Então algum conhecido dirigente evangélico sugeriu aos dirigentes adventistas que me levassem aos tribunais. Afinal de contas, argumentava, tudo aquilo podia dar em fracasso com os acordos que a FEREDE ia assinar e que, dito seja de passagem, demorou anos em subscrever ainda que agora pareça existir um consenso generalizado no sentido de que serviram de pouco ou nada. Imaginemos, se até Mórmons e Testemunhas de Jeová tivessem um reconhecimento que nem batistas ou reformados têm por si mesmos! Os adventistas fizeram caso daquele piedoso conselho pronunciado por uma personagem que já morreu e da qual melhor é não recordar nada. Interpuseram uma querela criminosa contra um missionário evangélico chamado Juan Cruz – o fundador de Liberdade – e contra mim. Pediam-nos não somente vários anos de cárcere senão uma quantidade de dinheiro que Juan e eu nunca tínhamos visto junto ao longo de nossa existência. Em que acabou tudo? Pois em que os adventistas – que NÃO são evangélicos – perderam o procedimento legal. De fato, o juiz ordenou o sobrestamento definitivo da querela depois de nos interrogar, a Juan Cruz e a mim. Não me estranha porque a querela era um disparate no fundo e na forma. Mas aí não terminou tudo. Os líderes superiores adventistas ocultaram a realidade a seus seguidores ou lhes contaram falsidades, tais como tinham recorrido ao Supremo. Enquanto eles e seus aliados na FEREDE seguiram difundindo histórias falsas sobre mim, as quais iam desde afirmar que me tinha convertido ao catolicismo até dizer que não assistia a nenhuma igreja ou que não cria em nada. Bem, bem… Durante anos, houve mais de uma pessoa que se sentiu satisfeito pensando que me tinha liquidado. Afinal de contas, eu tivera a ousadia de me opor a seus propósitos. E, assim, passaram-se os anos e como nem eu me tinha convertido ao catolicismo, mas seguia fazendo parte de uma igreja local e desenvolvendo um ministério no meio do povo evangélico a um e outro lado do Atlântico e – não há mal que cem anos dure –, sobretudo, o Senhor é bem mais fiel do que podemos chegar a pensar, as coisas foram mudando. Não tenho a menor dúvida de que aqueles anos foram uma forma de aprendizagem que o Senhor utilizou e que serviram para me curtir de uma maneira que jamais pudesse imaginar. E mais: Serviram para me reafirmar nesse ensino bíblico que afirma que há que se dizer sempre a verdade por muito custoso que resulte e que, se ontem isso tinha significado afirmar que os adventistas NÃO são evangélicos, hoje podia ser testemunhar na contramão do casamento de homossexuais ou a Educação para a cidadania. E agora resulta que, oficialmente, os adventistas NÃO são evangélicos. Bom, pois que querem meus irmãos que lhes diga? Apesar de seu doloroso custo, eu estava dizendo-o trinta anos. Traduzido de http://blogs.periodistadigital.com/coradcorloquitur.php/2007/10/18/los_adventistas_no_son_evangelicos_por_c

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