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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia Esconde a Verdade Sobre o Projeto "Whitecoat"



Há quem prefira traduzir "whitecoat" simplesmente por "uniforme branco" ou "jaleco branco (de laboratorista)", associando o nome do projeto à opção feita por cerca de 2.300 jovens norte-americanos, não-combatentes e adventistas, que foram incentivados pelo Departamento de Jovens da Associação Geral a trocar o serviço militar pela participação voluntária num programa de pesquisa biológica do exército americano. Mas a expressão "coat" pode significar bem mais que "casaco" em inglês. Coat é também "pele de animal", "cobertura", "capa", etc. Isso, portanto, permitir-nos-ia identficá-lo também como "Projeto Pele de Ovelha", que encobriria a ação de lobos devoradores ligados à Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia e o governo Norte-Americano, ou mesmo "Projeto Sepulcro Caiado", belo e humanitário apenas por fora. 

O assunto voltou à tona com a veiculação no dia 20 de agosto de 2000 pelo canal de tevê a cabo TV History de um documentário da série Missões Suicidas, intitulado "Human Guinea Pigs" (Porquinhos-da-Índia Humanos, ou Cobaias Humanas). Com duração de cinqüenta minutos, o programa narrou a experiência desse grupo que arriscou a vida, submetendo-se à ação de perigosas substâncias químicas e biológicas que supostamente lhe estavam sendo injetadas com o objetivo de beneficiar futuramente a outros com a descoberta de vacinas e medicamentos. 

Foi como se fizéssemos uma campanha no programa J.A. (Jovens Adventistas) para recrutar voluntários para fumar maconha enquanto especalistas verificariam os efeitos positivos e negativos da experiência. (Não é o corpo de nossos jovens templo do Espírito Santo?) Mas o "consumo" voluntário de substâncias químicas e biológicas com objetivo humanitário é apenas parte da história.

O Projeto Whitecoat foi desenvolvido pelas Forças Armadas dos EUA e não por algum departamento do Ministério da Saúde Norte-Americano, o que logo despertou suspeitas e, no final da década de 60, surgiram denúncias de que esses jovens estavam sendo, de fato, cobaias de experiências com protótipos de armas químicas e biológicas. Mas o silêncio da liderança adventista teria sido obtido através da garantia de apoio financeiro multimilionário do governo americano às ações humanitárias da ADRA pelo mundo afora. Por isso, "Operação Judas" em lugar de Projeto Whitecoat, talvez, fosse um nome mais apropriado. 2.300 sacrifícios humanos!

O documentário "Porquinhos-da-Índia Humanos", cuja cópia pode ser adquirida ao preço de 24,95 dólares nos Estados Unidos, falou sobre as motivações psicológicas de decisões suicidas como essa de arriscar a saúde, segurança e vida pelo bem-estar de outros, estimuladas pela confiança incondicional na palavra de líderes religiosos. Esse não foi, porém, o enfoque dado pelo noticiário oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia na semana que passou. 

Além disso, a reportagem publicada cita o exemplo de apenas um sobrevivente dentre os 2.300 jovens que participaram do projeto. E nas entrelinhas de suas declarações, percebe-se a influência da liderança na indução à decisão de participar: "Fizeram-nos sentir que podíamos apoiar a nosso país sem quitar vidas." E embora refira-se ao Projeto Whitecoat como uma iniciativa do Instituto de Pesquisas para Enfermidades Infecciosas do Exército dos Estados Unidos, a Associação Geral admite que um dos resultados foi a descoberta de "vacinas contra agentes de guerra biológicos". 

Confira a tradução do texto:

Destaque: Projeto Whitecoat (Jaleco Branco) é Lembrado

22 de Agosto de 2000
Silver Spring, Maryland, Estados Unidos .... [Wendi Rogers]



Dean Rogers e Jerry Penner serviram no Projeto Whitecoat.

Um documentário sobre o "Projeto Whitecoat", um programa de investigação biológica do Exército em que os não-combatentes Adventistas do Sétimo Dia desempenharam papel significativo, foi levado ao ar no domingo 20 de agosto de 2000. O programa do canal de  TV The History Channel destacou tanto a investigadores como participantes do estudo ao examinar o impacto duradouro do projeto no desenvolvimento de vacinas contra agentes de guerra biológicos.

O Projeto Whitecoat funcionou entre 1954 a 1973 e permitiu aos cidadãos dos Estados Unidos servir o exército, mantendo a condição de não-combatentes (ou objetores de consciência). Atraiu a 2.300 adventistas que contribuíram com o estudo de enfermidades e suas curas. A maioria das experiências ocorreram no Forte Detrick, em Maryland, onde tudo era supervisionado pelo Exército americano.

"O exército finalmente encontrou seus voluntários para essa experiência científica no lugar menos esperado, a Igreja Adventista do Sétimo Dia", disse o Coronel Arthur Anderson do Instituto de Pesquisas para Enfermidades Infecciosas do Exército dos Estados Unidos (USAMRIID) que foi entrevistado pela reportagem do documentário. "A razão para isso era que os jovens da Igreja Adventista aceitavam servir ao exército desde que em tarefas não-combativas. Existiam raras posições em que eles poderiam servir sem ter que portar armas." O Projeto Whitecoat proporcionou essa oportunidade.


"Esse grupo de homens era o sonho de qualquer pesquisador", disse o Dr. Frank Damazo, que foi o elo de ligação do projeto com a Igreja Adventista. "Todos eles praticavam a abstinência do tabaco, drogas e álcool."

Dean Rogers, um voluntário do Projeto Whitecoat de 1970 a 1971, disse: "Nós, como Adventistas, sentíamos que não devíamos estar envolvidos na parte mortífera da guerra. Fizeram-nos sentir que podíamos apoiar a nosso país sem quitar vidas." Rogers participou de uma experiência para a encefalite oriental, porém ocupou a maior parte de seu tempo trabalhando no escritório do Hospital Walter Reed, do Exército. Os Voluntários do Projeto Whitecoat mantinham toda a documentação da pesquisa em ordem, trabalharam nos laboratórios e hospitais, e cuidaram de pacientes. "Os Whitecoats, de muitas maneiras, permitiram que as coisas funcionassem", disse Rogers.


"Os resultados dos Whitecoats (Casacos Brancos) não só beneficiaram o Exército, como a centenas de milhares de civis", disse Richard Stenbakken, diretor dos Ministérios de Capelania Adventista para a Igreja Adventista mundial. "A Igreja crê que devemos ser bons cidadãos, desde que isso não interfira com nossa responsabilidade para com Deus. Com base nos ensinos da Bíblia, a recomendação da igreja é que seus membros sirvam como não-combatentes."

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