Este texto é bastante polêmico e provavelmente será um “dedo na ferida” de muita gente...
Não queremos criticar a fé individual das pessoas e ao contrário de muitos que nos acusam de “atacar” suas crenças; aqui nós apenas levantamos questões e mostramos os fatos, conforme a escrita assim se apresenta: Sem maquiagens...
Muitas pessoas tem um certo tipo de “medo” de encarar e analisar certas passagens Bíblicas que “quebram” ou apontam para lados diferentes da doutrina de sua igreja. Então essas pessoas simplesmente “pulam” tal passagem; ignoram, deixam de lado, nem perguntam a seus pastores ou líderes, com receio de receber uma explicação que não convença bem...
E é aí que eles ficam apavorados; pois caso tal resposta não esclareça muito bem; floresce o “medo” de estar na igreja errada... Ou de sua igreja conter graves erros doutrinários; de ter ficado anos e anos onde se achava que era o lugar certo, mas que na verdade não era... Só esse pensamento já lhes causa arrepios; então o melhor a fazer, é ignorar e nem perguntar nada e por fim deixar as tais passagens Bíblicas pra lá...
Outros até perguntam, mas nem entendem direito o que seu pastor explicou, mas não importa; o que importa é que o pastor deu uma explicação; e se ele disse, ele disse e pronto. O fiel Fica tranqüilo, descansado, coloca uma pedra no assunto e não questiona mais; até porque, ficar questionando e duvidando é coisa do “chifrudo” que quer “te tirar do caminho certo”. Esse tipo de ameaça funciona como uma “chicotada na mão” daqueles que procuram questionar e analisar mais a fundo certas coisas que deveriam ficar embaixo do tapete...
Uma interessante introdução sobre o Evangelho de João:
“...é fácil notar que este Evangelho é bem diferente dos outros; é só lembrar que João não é um dos Evangelhos sinóticos, isto é, o seu testemunho a respeito de Jesus Cristo não é apresentado do mesmo ponto de vista dos outros evangelhos. Clemente de Alexandria, no segundo século, disse que João é o Evangelho espiritual, querendo dizer que João apresenta mais o sentido espiritual dos atos de Jesus, em contraste com os outros Evangelhos, que geralmente só contam o que aconteceu.”
“...O Amor de Deus não é só para um grupo especial de pessoas; é um Amor imparcial que inclui a todos, sem nenhuma distinção de raça, cultura, posição social ou religião.”
(Bíblia de Estudo NTLH 2005 - SBB- pg. 1054-1055)
Jesus havia curado um paralítico e mandando este carregar sua cama e...
“E os judeus perseguiam Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. Mas Ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.”
(João 5:16-18)
Estimado leitor; analise conosco: O Evangelista João apresentou duas causas, dois motivos, dois fatos para a condenação, perseguição e morte de Jesus:
1º - Violar o sábado.
2º - Se afirmar Filho de Deus, fazendo-se igual a Ele.
Se nós acreditamos em João quando ele diz que Jesus se dizia Filho de Deus, por que não acreditamos quando João afirma que Ele violava o sábado?
Jesus se dizia o Filho de Deus? Sim; vemos isso na Bíblia. E Jesus violava o sábado? Sim; a Bíblia também afirma isso. Não somos nós quem dizemos; é a Bíblia que diz e o Evangelista João afirmou que Cristo violava o sábado.
Muitos argumentam: “Ah, mas isso era na visão dos judeus... Era uma falsa profanação, uma suposta violação!”
As pessoas que defendem essa interpretação fazem ligações das passagens em João 5:18, com João 9:16, onde se lê:
“Por isso, alguns dos fariseus diziam: esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado”.
Acontece que; em João 9:16, vemos a afirmação de uns meros fariseus; e em João 5:18, é o próprio Apóstolo João afirmando que Jesus violou o sábado.
Mas tem outro ponto que gostaríamos de destacar, que é uma característica de João; a de explicar aos leitores certos pontos em sua narrativa. João faz certas explanações e explicações durante seus relatos, para dar mais esclarecimento aos seus leitores. Não que os outros evangelistas não o fizeram, mas neste caso tão delicado e polêmico em foco, é interessante notar do que falamos. Para ficar claro, vejamos esses exemplos: (Observem a parte grifada)
“...replicaram os judeus: em quarenta e seis anos foi edificado esse santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele porém, se referia ao santuário do seu corpo. Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na Escritura a na palavra de Jesus.” João 2:20-22 (grifo nosso).
“Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com Ele, disse a Felipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? Mas dizia isto para o experimentar; pois Ele bem sabia o que ia fazer. João 6:5-6 (grifo nosso).
“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.Mas há alguns de vós que não crêem. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar”. João 6:63-64 (grifo nosso).
“Respondeu-lhes Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? Contudo um de vós é o diabo. Referia-se a Judas, filho de Simão Iscariotes; porque era ele o que o havia de entregar, sendo um dos doze.” João 6:70-71 (grifo nosso)
“mas como agora vê, não sabemos; ou quem lhe abriu os olhos, nós não sabemos; perguntai a ele mesmo; tem idade; ele falará por si mesmo. Isso disseram seus pais, porque temiam os judeus, porquanto já tinham estes combinado que se alguém confessasse ser Jesus o Cristo, fosse expulso da sinagoga. Por isso é que seus pais disseram: Tem idade, perguntai-lho a ele mesmo”. João 9:21-23 (grifo nosso).
“E, tendo assim falado, acrescentou: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, ficará bom. Mas Jesus falara da sua morte; eles, porém, entenderam que falava do repouso do sono. Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu;” João 11:11-14 (grifo nosso).
O leitor percebeu? Esses exemplos mostram que João se preocupava com o entendimento dos futuros leitores no tocante aos seus escritos; em muitas partes, é assim que se apresenta.
Agora eu pergunto:
- Por que João se preocupou em fazer certas explicações, como essas e outras, mas não explicou sobre a profanação do sábado por Jesus? Se foi uma suposta violação, só na visão dos Fariseus, João com certeza explicaria isso.
Perceba o leitor que; tanto em João 5:18, como em João 9:16, o Evangelista não explica essa “suposta” profanação; João não “socorre” Jesus do “engano” dos leitores de entenderem que o Cristo profanou o sábado.
Teria ele escrito algo parecido como: “não que Jesus tenha realmente profanado o sábado, isso era apenas na visão dos judeus...” não teria sido isso típico de João?
Principalmente se tratando de algo “tão importante” como o sábado, não é? Aliás, percebam também que João 5 aconteceu ANTES de João 9, ou seja, foi João quem primeiro afirmou que Cristo violava o sábado. Para reforçar (ou piorar as coisas, depende de quem lê) sobre o que falamos, leiam:
“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; pois neste, Deus, o Pai, imprimiu o seu selo.” João 6:27
“E aquele que me enviou está comigo; não me tem deixado só; porque faço sempre o que é do seu agrado”. João 8:29
Vejam; se o sábado é o selo de Deus, como que o Filho de Deus, “selado” com o sábado, viola este “selo divino”? Como; e por que, João NÃO explica isso? E pelo jeito, era do agrado de Deus que Jesus violasse o sábado...
E agora? Cristo violou o sábado ou não? Antes de responder, voltemos um pouco no Evangelho; ou seja, até o acontecimento que gerou a afirmação da violação.
Carregando a cama:
João 5:1-18. Nesta passagem, vemos Jesus dizendo ao paralítico para levantar e andar, carregando seu leito (sua cama, uma esteira ou cobertores) no dia de sábado. Observe, Jesus mandou o homem fazer um trabalho desnecessário; sem importância. Pois que necessidade ou importância teriam agora, seus reles cobertores que eram usados para lhe forrar o chão quando ele era paralítico, perto do grande milagre que recebeu ?
Que necessidade ou importância teria seu simples leito (cama), perto da cura, que ganhou? Aquele homem ganhou, após 38 anos, o poder de andar! E o próprio Cristo disse em Lucas 12:22-23, que o corpo é mais valioso que as vestes. Jesus Cristo poderia ter curado o paralítico sem manda-lo levar a cama...
Note que Jesus mandou o homem quebrar a lei do sábado, pois está bem claro no quarto mandamento: “não farás obra alguma...” isso prova de que a guarda do sábado tinha um caráter ritual, era apenas uma sombra cerimonial junto com outras regras do mesmo cunho que apontavam para coisas futuras (Cl 2:16-17). Observe que em Jeremias 17:21-22, Deus não abre exceções, Ele não diz que tal carga ou de tal tipo, ou tamanho, podia ser levada, como a cama por exemplo. Ele disse bem claro: não carregar nem tirar cargas de casa, nem fazer obra alguma. Ou seja: todo e qualquer tipo de carga era proibido carregar. E Jesus mandou o homem quebrar essa lei...
Os adventistas alegam pelo ensinamento de Jesus, que no sábado pode-se fazer o bem ao próximo e nós concordamos, aliás, todos os dias são dias de se fazer o bem! O que me chama a atenção, é que Cristo não disse para o homem carregar sua cama e doá-la para outro mais necessitado. Que bem ao próximo, esse homem estava fazendo, ao carregar sua própria cama? Carregar a cama é fazer o bem, ou é carregar uma carga?
Uma mãe não está fazendo o bem, quando cozinha, quando prepara o alimento para seus filhos? Quer dizer que o homem pode carregar sua cama, mas uma mãe não pode cozinhar para seus filhos? Por acaso ela não está fazendo o bem?
O fato é que Jesus não disse ao paralítico: “levanta-te e ande, mas deixa teu leito aí, para que não profanes o sábado.” Jesus disse isso?? É claro que não!!!
Amigo leitor; esse fato é inegável; não podemos virar as costas para isso. Cristo pode não ter pessoalmente feito tal coisa, mas mandou o homem carregar a cama, sendo que qualquer tipo de serviço como carregar materiais era totalmente proibido no sábado; Cristo foi o mandante e isso é fato.
Também não foi a única vez que Jesus quebrou ou mudou algumas regras da Lei. Ele impediu ou “violou” a lei sobre o apedrejamento dos adúlteros (Jo. 8:1-12). Ou alguém viu escrito na lei: “aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra?” (Lev. 20:10).
E o que dizer das palavras de Cristo: “...ouvis o que foi dito aos antigos; EU PORÉM VOS DIGO...” quando fez mudanças e alterações nas leis Mat. 5:17-44; é possível negar esse fato?
Jesus fez isso, pois tinha autoridade para tal.
Mas será que ele fez tudo isso por culpa dos fariseus? Há adventistas que alegam que Jesus veio acabar com o extremismo e fanatismo que os líderes judeus impuseram sobre o sábado. Mas amigos; por acaso foram os fariseus que escreveram que era proibido carregar materiais, cozinhar, vender, comprar, colher, lavrar, etc, etc? Alguém leu escrito no decálogo ou no livro, que era proibido carregar cargas, com exceção se fosse uma cama??? Lenha não pode, mas cama pode?
Foi Deus quem falou claramente através do profeta Jeremias, que no sábado era totalmente proibido carregar qualquer carga ou material, e Jesus mandou o ex-paralítico carregar sua cama no dia de sábado, quebrando a lei. (João 5:1-15).
Áh, mas naquele caso, Jesus fez o bem! Sim, Cristo fez o bem curando o homem. Mas o fato é o que aquele homem fez a mando de Jesus! O homem carregou um material (carga) ou não? Quebrou a lei do sábado ou não? Será que Cristo daria uma ordem a uma pessoa; para que ela fosse morta depois em vão? E morte por apedrejamento...
Lendo e se baseando em todas as restrições Bíblicas deste dia, e principalmente Jeremias 17:21-22, se aquilo que o ex-paralítico fez, não foi profanação, então não sabemos o que é!
Não podemos julgar e condenar totalmente os fariseus. Ouvi certa vez, um camarada dizer isso: “aqueles líderes judeus eram burros...” Mas analisemos: a lei dizia claramente que no sábado nenhum trabalho ou obra alguma poderia ser feita. (Não queremos defender os fariseus, apenas analisar os fatos; aquilo que estava escrito e aquilo que não estava escrito.) Não estava escrito se teriam exceções e os mestres da Lei tinham o compromisso de interpretar a lei e orientar o povo.
E todos tinham seus trabalhos; o carpinteiro, o lavrador, o médico, o pescador, o pastor de ovelhas, etc. e se estava escrito para não fazer nenhuma obra, é nenhuma obra! Todo mundo parava; ou deviam adivinhar que era lícito “fazer o bem”?
Mas, e o que se enquadraria nesse “fazer o bem”? Só o médico faria o bem? Mas e o pastor não teria de tratar suas ovelhas lhes dando água e comida? Mas as ovelhas não são o negócio, o sustento, o trabalho do pastor?
Mas se o pastor podia tratar as ovelhas e o médico poderia exercer sua função, o pescador não podia pescar?
Supondo que três dias seguidos, o mar estava bravioem tempestade... E no sábado o sol retorna, o mar fica manso e com muitos peixes, o pescador não pode buscar o alimento para sua família? O pastor pode tratar as ovelhas, mas a família do pescador, que passe fome?!
Supondo que três dias seguidos, o mar estava bravio
Lamento, mas Deus não relacionou nem explicou isso para eles. Por esse motivo até criaram um livro com mais de 1500 regras sobre o que não fazer no sábado.
Se coloque por um momento no lugar dos judeus; além de outras leis falando do sábado, eles liam nas Escrituras:
- Que a lei do 4º mandamento do decálogo dizia para: parar as atividades no shabbat; (Êx 20:8-10) (Dt. 5:12-15)
- Que era proibido cozinhar (Êx.16:23).
- Que era proibido lavrar, arar, e colher (Êx. 34:21).
- Que era proibido fazer fogo (Êx. 35:2-3).
- Que era proibido apanhar lenha (Num.15:32-36).
- Que era proibido carregar cargas (Jeremias 17:21-22).
- Que era proibido praticar o comércio (Neemias 13:15-17).
E estava escrito claramente que qualquer um, fazendo qualquer trabalho, qualquer tarefa, seria morto (Êx. 31:14-15) (Êx 35:2), então aparece um sujeito carregando uma cama... O que queriam que os judeus fizessem? Que dissessem: “tudo bem, tudo bem, já que você foi curado, pode carregar sua carga...” Por acaso a lei abria essa exceção?
Falando nisso, dia desses assistimos numa reportagem da TV, que uma criança foi salva de morrer engasgada, porque um bombeiro deu instruções vitais pelo telefone, para a mãe. Isso ocorreu num sábado.
Pergunto: Só o bombeiro fez o bem? Mas e se os operadores de telefonia não trabalhassem nesse dia? E aí? Operadores de telecomunicações então fazem o bem, ou trabalham? Mas e a Empresa de energia elétrica? Sem luz não haveria telefone; mas alguém tem de trabalhar pra tudo funcionar... E os técnicos que ficam de plantão para consertar os sistemas que por acaso vierem a falhar?
Então que bom que esses profissionais “profanam”, ou seja, “violam” o sábado, pois vidas são salvas por isso...
Pergunto: Só o bombeiro fez o bem? Mas e se os operadores de telefonia não trabalhassem nesse dia? E aí? Operadores de telecomunicações então fazem o bem, ou trabalham? Mas e a Empresa de energia elétrica? Sem luz não haveria telefone; mas alguém tem de trabalhar pra tudo funcionar... E os técnicos que ficam de plantão para consertar os sistemas que por acaso vierem a falhar?
Então que bom que esses profissionais “profanam”, ou seja, “violam” o sábado, pois vidas são salvas por isso...
(Esse artigo aqui fala um pouco mais sobre esse assunto clique:)
Outro detalhe que todos temos de admitir é: Se trabalhar não se enquadra em “fazer o bem”, ou seja, trabalhar é uma coisa, fazer o bem é outra, sem qualquer ligação, por que Jesus nunca fez esse desmembramento e ainda disse na passagem em questão, que trabalhava no sábado? Para fazer confusão? Deus não é de confusão (1ª Cor.14:33 ).
Cristo fez o que fez porque fazia parte de sua Missão. Falando em cumprir, acho que é oportuno um esclarecimento sobre a interpretação da palavra “cumprir”:
Cristo fez o que fez porque fazia parte de sua Missão. Falando em cumprir, acho que é oportuno um esclarecimento sobre a interpretação da palavra “cumprir”:
O “cumprimento” da lei
Mateus 5:17-20 - Nesta passagem, dizem nossos amigos adventistas que Jesus veio para seguir a “lei de Deus”, que segundo eles, são só os dez mandamentos.
Na verdade a expressão “Lei e os Profetas,” significa todo o AT. (Ver Biblia de estudo-SBB pg 937) quando disse Jesus: “cumprir”, isso significa que ele veio cumprir aquilo que a Lei e os profetas diziam.
Cumprir no sentido de cumprimento da promessa; cumprimento do dever, daquilo que estava previsto sobre ele, veja o verso 18: “...nem um i ou til jamais passará até que tudo se cumpra.”
Cumprir no sentido de cumprimento da promessa; cumprimento do dever, daquilo que estava previsto sobre ele, veja o verso 18: “...nem um i ou til jamais passará até que tudo se cumpra.”
Jesus nasceu sob a lei, seguiu a lei, cumpriu a lei e morreu pela lei. E o fim da lei é Cristo (Rm 10:4). Quando Ele disse: até que o céu e a terra passem... Esse “até”, não está falando do fim da terra e do céu, até mesmo porque, a Bíblia nunca disse que o céu acabaria.
Esse “até” não é no sentido de tempo, mas tem o mesmo sentido quando alguém diz, por exemplo:
“até que um elefante azul caia na minha cabeça, eu não retiro o que eu disse!” Ou então: “até que a galinha crie dentes, eu não te darei o que queres...”
Ou seja, Jesus estava dizendo que, mesmo que o mundo todo e o próprio céu acabassem, ainda assim, nada cairia da lei até que tudo se cumprisse.
Jesus quando aqui na terra, veio trazer a Boa Nova, cumprindo o antigo pacto, ele não veio destruir a lei e as profecias, nada passaria da lei até que tudo fosse cumprido.
E Jesus veio cumprir; e ele cumpriu. Se já cumpriu, já passou. Jesus cumpriu tudo o que dizia a lei e as profecias.
Jesus quando aqui na terra, veio trazer a Boa Nova, cumprindo o antigo pacto, ele não veio destruir a lei e as profecias, nada passaria da lei até que tudo fosse cumprido.
E Jesus veio cumprir; e ele cumpriu. Se já cumpriu, já passou. Jesus cumpriu tudo o que dizia a lei e as profecias.
Veja Lucas 24:44-46: “a seguir, Jesus lhes disse: são essas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava que se cumprisse tudo o que de mim está escrito na lei de Moisés, nos profetas e nos salmos.” Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos...”
Mas então, afinal Cristo violou o sábado ou não?
Digo que... SIM, e NÃO! Calma, vamos explicar. A Bíblia mostra que:
1º - Cristo, é Deus-Filho, Deus que desceu ao mundo feito carne (João 1:14),
2º- Veio debaixo da lei para resgatar os que estavam sob a lei... Ele nasceu sob a lei (Gl 4.4);
3º - Foi Circuncidado conforme a lei (Lc 2:21); apresentado no Templo e com sacrifícios conforme a lei (Lc 2:22-24);
4º - Foi acusado pela lei (blasfêmia e violação do sábado) (Jo. 5:16-18);
5º - Foi morto segundo a lei (Jo. 19:7 ref. Lv. 24:16).
Jesus, como homem – carne - sim, violou o sábado, além de se afirmar igual a Deus para: ser perseguido, condenado, morto, e ressuscitado ao terceiro dia. Cristo tinha de cumprir sua missão; pois o Cordeiro de Deus tinha de ser sacrificado para que se cumprissem as Escrituras.
Mas ao mesmo tempo, como Jesus é Deus-Filho, Jesus não profanou nada, até alterou e mudou as regras, pois com sua Autoridade divina, estava acima da lei e acima do sábado (Mateus 12:8).
Só mesmo Deus-Filho feito em carne para conseguir realizar tal missão.
Só mesmo Deus-Filho feito em carne para conseguir realizar tal missão.
Sem querer em hipótese alguma denegrir a imagem de Jesus; mas dando um exemplo mais comum para que a compreensão fique mais fácil:
É como se Cristo fosse um tipo de “Coringa Especial” dentro do “baralho humano”.
Ele participava das “cartas” (homens - seres humanos), feito carne, feito homem, mas ao mesmo tempo, tinha poderes muito especiais estando acima de qualquer “carta” (homem) ou “regra do jogo” (lei), pois Ele é Filho e faz parte do Criador e Dono do “jogo”.
Ele participava das “cartas” (homens - seres humanos), feito carne, feito homem, mas ao mesmo tempo, tinha poderes muito especiais estando acima de qualquer “carta” (homem) ou “regra do jogo” (lei), pois Ele é Filho e faz parte do Criador e Dono do “jogo”.
No caso dos adventistas, temos um grande equívoco na interpretação particular de Ellen White:
“Por isso escolhera o sábado para nele realizar a cura de Betesda. Poderia haver curado o enfermo igualmente em qualquer outro dia da semana; ou simplesmente tê-lo curado, sem lhe dizer que levasse a cama. Isto, porém, não Lhe teria proporcionado a oportunidade que desejava."
"Um sábio desígnio guiava todos os atos de Cristo na Terra. Tudo quanto fazia era em si mesmo importante, bem como na lição que comunicava. Escolheu, entre os sofredores que se achavam junto ao tanque, o pior caso, para aí exercer Seu poder de cura, e pediu ao homem que levasse a cama através da cidade, a fim de publicar a grande obra de que fora objeto. Isso daria lugar à questão do que era ou não era lícito fazer no sábado, e abriria o caminho para Ele condenar as restrições dos judeus quanto ao dia do Senhor, declarando vãs suas tradições.” (O Desejado de todas as nações pg 206)
"Um sábio desígnio guiava todos os atos de Cristo na Terra. Tudo quanto fazia era em si mesmo importante, bem como na lição que comunicava. Escolheu, entre os sofredores que se achavam junto ao tanque, o pior caso, para aí exercer Seu poder de cura, e pediu ao homem que levasse a cama através da cidade, a fim de publicar a grande obra de que fora objeto. Isso daria lugar à questão do que era ou não era lícito fazer no sábado, e abriria o caminho para Ele condenar as restrições dos judeus quanto ao dia do Senhor, declarando vãs suas tradições.” (O Desejado de todas as nações pg 206)
Ora, o homem poderia muito bem sair pulando e declarando aos quatro cantos da terra que estava curado, o fato do homem carregar a cama não despertou nos judeus, curiosidade ou espanto pela cura. Eles nem perguntaram quem o tinha curado.
Reparem, eles viram o homem carregando a cama e o alertaram para a proibição de carregar materiais (cargas); eles disseram: “hoje é sábado, não te é lícito carregar o leito”. e não perguntaram: quem te curou? Mas perguntaram: quem é o homem que te disse: toma teu leito e anda? (João 5:10-12)
Carregando a cama, o homem não publicou sua cura, só irritou os judeus, pois o tal homem estava quebrando claramente Jeremias 17 : 21-22.
Agora caríssimo leitor, observe bem esse trecho que a senhora Ellen White afirmou acima:
“...e pediu ao homem que levasse a cama através da cidade, a fim de publicar a grande obra de que fora objeto. Isso daria lugar à questão do que era ou não era lícito fazer no sábado, e abriria o caminho para Ele condenar as restrições dos judeus quanto ao dia do Senhor, declarando vãs suas tradições.”
Ela também escreveu:
“Ele (Cristo) viera para libertar o sábado daquelas enfadonhas exigências que o haviam tornado uma maldição em vez de bênção”(idem pg 206).
Observem: Ela disse que através daquele ato (o homem carregar a cama) se abriria o caminho para Cristo condenar as restrições dos judeus quanto ao dia do Senhor, declarando vãs suas tradições.
Perguntamos: Que restrições dos judeus? Que tradições? Foram os judeus que escreveram Jeremias 17 e outras leis? Era uma “tradição”? Era uma “enfadonha exigência” dos judeus a proibição de carregar lenha ou outros materiais?
Recebeu uma ordem para quebrar a lei do sábado!!!
E o que é pior; a mando de Cristo... Esse episódio do ex-paralítico carregar carga não apresenta quebra de nenhuma tradição dos judeus. O cenário e o contexto nada indicam sobre isso.
Outro detalhe é que não encontramos em lugar algum na Bíblia, a afirmação de que Jesus veio libertar o sábado; mas sim, Ele veio libertar as pessoas (Lc. 4:18) (Gal. 5:1) (Ap.1:5).
Outro detalhe é que não encontramos em lugar algum na Bíblia, a afirmação de que Jesus veio libertar o sábado; mas sim, Ele veio libertar as pessoas (Lc. 4:18) (Gal. 5:1) (Ap.1:5).
Os adventistas e sua antiga questão:
Os ASD repetem sempre aquela velha e conhecida ladainha:
“Mas se o sábado foi abolido, então agora podemos roubar, matar, adulterar...?
Essa questão já foi respondida no artigo (Decálogo lei perfeita para todos os povos? 2ª parte clique:) mas aproveito aqui, para levantar mais um ponto sobre o tema:
Essa questão já foi respondida no artigo (Decálogo lei perfeita para todos os povos? 2ª parte clique:) mas aproveito aqui, para levantar mais um ponto sobre o tema:
Se o sábado era tão importante e moral, a nível de roubar e matar; o que Jesus fez na passagem em questão?
Jesus curou o paralítico; e depois de 38 anos sem andar, a primeira coisa que aquele ex-paralítico fez - a mando de Cristo - foi profanar o sábado!
Se a visão adventista sobre o sábado está correta, então Cristo, que sempre pregou o Amor e sempre realizou o que era do agrado de Deus; mandou o homem cometer um pecado “tão grave” quanto matar; pois mandou o homem violar um mandamento “moral”.
Se a visão adventista sobre o sábado está correta, então Cristo, que sempre pregou o Amor e sempre realizou o que era do agrado de Deus; mandou o homem cometer um pecado “tão grave” quanto matar; pois mandou o homem violar um mandamento “moral”.
Repetindo: Se o sábado é um “mandamento moral”; Cristo mandou o homem fazer algo tão grave quanto matar alguém? E agora? Essa é para pensar...
Cristo e os tipos de lei:
“Não devemos misturar os tipos de lei”:
Essa é outra expressão clássica bastante citada pelos ASD. Mas aparentemente, eles nunca repararam (ou não querem ver) é que o próprio Jesus comparou o mandamento “moral” do sábado com mandamentos rituais.
Em João 7:22-23, todos já conhecem a caso da circuncisão e o sábado. Todos sabemos que no oitavo dia de vida de um menino, devia-se circuncida-lo; mas quando esse dia caía num sábado, acontecia uma conflito de leis.
Nenhuma obra poderia ser feita... E por outro lado à tarefa/trabalho/serviço da circuncisão devia ser executado.
Cristo criticou os judeus que o condenaram por curar no sábado; alegando que, se eles podiam violar o sábado circuncidando alguém, por que Ele não podia curar? (João 7:22-23)
E também vemos em Marcos 2:23-28, Jesus defendendo seus discípulos quando os fariseus os acusaram de profanação. Cristo lembrou que Davi comeu os pães da preposição no templo; os quais não eram lícitos comer, só os sacerdotes (1Samuel 21:3-6 ref. Levíticos 24:5-9).
Jesus fez um paralelo, uma nítida comparação entre uma profanação, a quebra de uma “lei moral”, com uma quebra de uma “lei cerimonial”.
Jesus fez um paralelo, uma nítida comparação entre uma profanação, a quebra de uma “lei moral”, com uma quebra de uma “lei cerimonial”.
Cristo também afirmou que os sacerdotes violavam o sábado (Mateus 12:5); nada mais verdadeiro, pois os pães da preposição tinham de ser trocados e arrumados e sacrifícios tinham de ser feitos no sábado. Para isso, diversas tarefas/trabalhos tinham de ser executadas. O mesmo valia para a circuncisão...
Era regra sobre regra, preceito sobre preceito, leis que se “chocavam”; e para seguir uma, quebrava-se outra.
Por isso, uma coisa ficou clara; o sábado não foi (nem é), tudo isso que os ASD alegam, o sábado era um fardo, junto com toda a Lei, era algo que nem os antigos podiam suportar (Atos 15:10).
Um convite a reflexão:
Imagine você; naqueles tempos antigos, numa noite de sexta para sábado, e sua mulher começa a entrar em trabalho de parto. Como acender o fogo para enxergar e ou fazer alguma coisa? Como aquecer água? (Êx. 35:3). E agora?!
Você naqueles tempos, guardando o sábado; tinha que ficar “super-ligado”, pois, um descuido, ou qualquer mínimo esquecimento de que era dia de sábado... E você fizesse qualquer tarefinha...
Se o antigo pacto, com todas essas rígidas exigências e severas punições; era sem defeito e, por conseguinte, muito bom para toda raça humana; porque Cristo faria um segundo? (Hebreus 8:6-13).
Essa também é para pensar...
E que Deus tenha Misericórdia de todos nós.
Décio – Um Aprendiz de Cristão.
Extraído do blog Ex-Adventistas.com
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