Introdução
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Havia
suspeitas no século XIX (dezenove) de que Ellen G. White houvesse praticado
Plágio?
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As
afirmações de Ellen G. White sobre a fonte de seus escritos e inspiração são
corretas?
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Ellen
G. White praticou Plágio?
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Os
líderes da Igreja tinham conhecimento do Plágio em Ellen G. White?
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“O
Grande Conflito” é fruto de Plágio?
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Ellen
G. White também copiou para compor seus outros livros e artigos?
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Há como
defender Ellen G. White nessa questão do Plágio?
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Outros
escreveram por ela ou a influenciaram diretamente?
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Ellen G. White ou White Lie?
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A
Igreja tentou mostrar algo aos Membros numa Lição da Escola Sabatina?
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Conclusões
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Histórico
da questão do Plágio nos escritos de Ellen G. White
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Quem não se deixa vencer pela
verdade divina será vencido pelo engano.
Agostinho, Filósofo e Bispo da Igreja em Hipona (354-430)
Calar por amor ou falar por causa da verdade?
Dr John Charles Ryle, Bispo Anglicano de Liverpool (1816-1900)
Você pode enganar todo mundo durante um tempo.
Mas você nunca poderá enganar todo mundo durante todo o tempo.
Winston Churchill (1874-1965)
O que é preferível: uma doce mentira ou uma amarga verdade?
Walter Rea, Pastor e Pesquisador Adventista (1982)
Ellen G. White e o Plágio
Estudo dividido em três partes
Introdução
Parte I
Havia suspeitas no século XIX (dezenove) de que Ellen G. White houvesse
praticado Plágio?
Os escritos de Ellen G. White eram fruto de seus sonhos e visões?
Ellen G. White praticou Plágio?
Parte II
Os escritos de Ellen G. White eram fruto de seus sonhos e visões?
Ellen G. White praticou Plágio?
Parte II
Os líderes da Igreja tinham conhecimento do Plágio em Ellen G. White?
O Grande Conflito é fruto de Plágio?
Ellen G. White também copiou para compor seus outros livros e artigos?
Há como defender Ellen G. White nessa questão do Plágio?
Parte III
Outros escreveram por ela ou a influenciaram
diretamente?
Ellen G. White ou White Lie?
Histórico da questão do Plágio nos escritos de Ellen G. White
IntroduçãoEllen G. White ou White Lie?
Histórico da questão do Plágio nos escritos de Ellen G. White
Havia suspeitas no século XIX (dezenove) de que Ellen
G. White houvesse praticado Plágio?
Pode parecer surpreendente para a maioria dos adventistas, mas desde os primeiros livros sobre saúde (década de 1860) e durante várias décadas do século passado (século XX), Ellen G. White foi acusada de haver escrito seus livros a partir de trechos, ideias e textos de outros autores, sem atribuir-lhes crédito (não mencionava as fontes utilizadas). Em resposta a essa suspeita, a própria Ellen G. White, os dirigentes da Igreja e os responsáveis diretos por cuidar dos escritos dela (Depositários do Patrimônio White – White State) entraram em defesa de Ellen G. White e negaram qualquer possibilidade de que ela houvesse agido dessa forma. Essas negativas oficiais duraram desde a época em que ela ainda vivia até o ano de 1980.
Pode parecer surpreendente para a maioria dos adventistas, mas desde os primeiros livros sobre saúde (década de 1860) e durante várias décadas do século passado (século XX), Ellen G. White foi acusada de haver escrito seus livros a partir de trechos, ideias e textos de outros autores, sem atribuir-lhes crédito (não mencionava as fontes utilizadas). Em resposta a essa suspeita, a própria Ellen G. White, os dirigentes da Igreja e os responsáveis diretos por cuidar dos escritos dela (Depositários do Patrimônio White – White State) entraram em defesa de Ellen G. White e negaram qualquer possibilidade de que ela houvesse agido dessa forma. Essas negativas oficiais duraram desde a época em que ela ainda vivia até o ano de 1980.
I. Muito conhecido da
administração geral da Igreja Adventista e um dos encarregados de cuidar dos
escritos de Ellen G. White após a morte dela, Arthur
White destacava em suas
afirmações a originalidade da produção de sua avó: “A sra. White não foi
influenciada pelos que estavam perto dela, nem seus escritos foram manipulados. Suas mensagens não se basearam nas
idéias dos que estavam perto dela nem
em informação que outros pudessem lhe haver proporcionado”. (Arthur L. White, "Who Told Sister White?" Review (21 de Maio
de 1959, pt .
2, p. 8-9).
II. Muitos anos mais tarde, mesmo
quando as críticas de um possível plágio eram mais fortes e sabendo que havia
uma investigação em curso desenvolvida pelo pr. adventista Walter Rea sobre o
assunto, Robert Olson,
secretário do Patrimônio White negou
enfaticamente que Ellen G. White tivesse copiado de outros. (Robert W.
Olson, "Ellen G. White and Her Sources", Adventist Forum, com período
de perguntas e respostas, na igreja da Universidade de Loma Linda, janeiro de
1979).
Parte I
Ellen G. White escreveu muito e sobre quase todos os
assuntos que poderiam interessar aos adventistas do sétimo dia. Para os
adventistas ela é uma fonte autorizada de verdade porque seus escritos vêm
diretamente da inspiração proporcionada pelos sonhos e visões que ela recebeu
de Deus. Este é um assunto muito sério para os adventistas que têm preservado e
divulgado os seus escritos. O que Ellen G. White falou sobre a autoria e a fonte
de seus escritos?
I. Ellen G. White afirmou de seus escritos: "Tenho escrito muitos livros e eles têm tido ampla circulação. Eu sozinha não poderia haver revelado a verdade nestes livros, mas o Senhor tem me dado a ajuda do seu Santo Espírito. Estes livros, dando as instruções que o Senhor tem me dado durante os passados sessenta anos contém luz do céu e suportarão a prova da investigação." (Mensagens Escolhidas, p. 35).
I. Ellen G. White afirmou de seus escritos: "Tenho escrito muitos livros e eles têm tido ampla circulação. Eu sozinha não poderia haver revelado a verdade nestes livros, mas o Senhor tem me dado a ajuda do seu Santo Espírito. Estes livros, dando as instruções que o Senhor tem me dado durante os passados sessenta anos contém luz do céu e suportarão a prova da investigação." (Mensagens Escolhidas, p. 35).
II. “Minhas visões foram
escritas independentemente de livros e opiniões de outros.” (Manuscrito 27
de 1867). "Nestas cartas que escrevo, nos testemunhos que dou, estou vos
apresentando aquilo que o Senhor me tem apresentado. Eu não escrevo nenhum artigo,
expressando meramente minhas próprias idéias. Eles são o que Deus me tem exposto
em visão - os preciosos raios
de luz brilhando do trono." “Isto é verdade quanto aos artigos de nossas
revistas e aos muitos volumes de meus livros. Tenho
sido instruída em harmonia
com a Palavra nos preceitos da lei de Deus.” (Testimonies, vol. 5, pág. 67,
Mensagens Escolhidas, p. 29 e “Ellen G. White, Mensageira da Igreja
Remanescente”, p. 35). "O Espírito Santo tem traçado verdades em meu coração e
em minha mente." (Testimonies, Vol. 5, p. 64,67; Carta 90, 1906)
III. Ellen G. White deixa claro que
sua fonte de inspiração é o Espírito Santo. "O Espírito Santo é o autor
das Escrituras e do Espírito de Profecia.” (Selected Messages, vol 3, p.
30) "Antigamente Deus falava por meio dos profetas e apóstolos. Nestes
tempos Ele tem falado por meio dos testemunhos de seu
Espírito." (Testimonies, vol 4, p. 148; vol 5, p. 661).
IV. "Deus estabeleceu em sua Palavra e nos Testemunhos o que Ele tem enviado ao Seu
povo." (Battle Creek Letters, p. 74). "Deus tem falado a vocês.
Tem estado brilhando luz desde a sua Palavra e desde os Testemunhos, e
ambos têm sido desprezados e desatendidos." (Testimonies, Tomo 5, p. 217).
V. "Estes livros contém a
verdade clara, honesta e inalterável e certamente devem ser apreciados. As instruções que eles contém
não são produção humana." (Carta H-339, 26 de dezembro, 1904)
"Em meus livros se afirma a verdade, protegida por um ‘Assim diz
o Senhor." – (Carta 90, 1906, citada en Ellen G. White, por Arthur L.
White, tomo 4, p. 393) Numa referência aos ‘testemunhos’: “É Deus,
e não um falho mortal, quem fala para salvá-los da ruína.” (Testemunhos
Seletos. vol. II, pág. 292).
VI. “Sei que a luz que tenho
recebido vêm de Deus, nenhum homem me ensinou sobre ela.” (EGW a Bates,
13 de julho de 1847, MS B-3-1847 (Washington: EGW Estate).
VII. Em defesa de sua inspiração,
Ellen G. White fez inclusive reivindicação
de inspiração verbal mostrando
que sua fonte era somente Deus: "Quando minha pena vacila um momento, vêm
a minha mente as palavras apropriadas... Quando escrevia estes preciosos
livros, se eu titubeava, recebia
a palavra mesma que eu queria para expressar a idéia." (3MS,
páginas 51, 52).
Para alguns adventistas, pelo
fato da própria Ellen G. White haver afirmado que sua fonte de inspiração era
unicamente seus sonhos e visões, o assunto já estaria encerrado. Como havia a
suspeita de plágio, tornou-se necessário realizar uma séria verificação para
inocentar ou comprovar o que foi afirmado. Assim, pela seriedade do assunto, e
por ser esta uma maneira utilizada pelos críticos para denegrir a imagem e o
ministério de Ellen G. White, a organização adventista patrocinou uma cara e
grande investigação sobre o assunto. Em se tratando especificamente da produção
de livros, o plágio é definido hoje como a apropriação de idéias ou trechos das
obras de outros autores sem atribuir-lhes o devido crédito, bem como o camuflar
a obra de qualquer outro e atribuir a si a autoria ou paternidade.
I. Por volta de 1980, o pastor
adventista norte-americano Walter Rea afirmava, após haver pesquisado por
muitos anos, que Ellen G. White utilizou
outras fontes que não as
visões e sonhos para escrever os 'testemunhos', chegando mesmo a praticar plágio (utilizando e apropriando-se de
escritos e idéias de outros autores sem dar-lhes o devido crédito).
II. Em 1980 um Comitê foi designado
para analisar as questões levantadas por Walter Rea (que ainda não haviam sido
publicadas como livro). Reunidos na cidade americana de Glendale em janeiro
daquele ano, eles concluíram que era muito grande a dependência literária de Ellen G. White e foi decidido encarregar um
especialista para conduzir uma investigação mais ampla. Assim a IASD pediu ao Ph.D., Dr. Fred
Veltman, chefe do departamento de Religião do Pacific Union College e
especialista em análise literária, que fizesse uma investigação sobre as
acusações de plágio dirigidas contra Ellen G. White por Walter Rea e outros. Depois de oito anos, sendo seis de
pesquisa intensiva e U$ 500.000 de despesas o trabalho foi concluído (1988).
(Nota: Dependência Literária:
algumas vezes também é utlizada a expresão “empréstimo literário”, mas ambas as
expressões traduzem o mesmo problema do ‘plágio’, e empréstimo literário seria
ainda um eufemismo, pois ‘empréstimo’ traduz a idéia de futura devolução, o que
não era o caso).
III. Observe a seguir que, para
surpresa e espanto da maioria dos adventistas os
resultados da investigação do Dr. Fred Veltman revelaram que Ellen G. White
praticou Plágio em diversos
níveis e graus sem atribuir absolutamente nenhum crédito aos autores dos quais
ela se valeu.
IV. Tudo indica que por quase dois
anos houve dúvidas com relação a publicação da pesquisa conduzida pelo Dr.
Veltman. Entretanto (e finalmente), o resultado
da investigação do Dr. Fred Veltman foi publicado na revista Ministry de
novembro de 1990, a revista oficial da Igreja
Adventista do Sétimo Dia para seus pastores nos Estados Unidos. A seguir,
alguns relatos tais como aparecem na revista:
"É de suma importância
notar que foi Ellen G. White
mesma, não seus assistentes literários, quem compôs o conteúdo básico do
texto do livro O Desejado
de Todas as Nações. Ao fazer isto foi
ela quem tomou expressões literárias das obras de outros autores sem lhes dar crédito como suas
fontes.”
“Segundo, deve-se reconhecer que Ellen G. White utilizou os
escritos de outras pessoas consciente e intencionalmente (...). As semelhanças literárias não
são o resultado de acidente ou memória fotográfica.”
“Implícita ou explicitamente, Ellen G. White e outros que falaram
em nome dela, não admitiram e até negaram a dependência literária
(plágio) da parte
dela." (p. 11).
“Eu penso que qualquer tentativa de direcionar este
problema (do plágio) deveria incluir uma
consideração séria do que
está se entendendo pelo tipo de inspiração de Ellen G. White e do papel dela
como uma profetisa.”
"A maior parte do conteúdo
do comentário de Ellen G. White sobre a vida e o ministério de Cristo, O Desejado de Todas as Nações, é mais derivado do que original (...). Em termos práticos, esta
conclusão declara que não se pode reconhecer nos escritos de Ellen G. White
sobre a vida de Cristo nenhuma categoria geral de conteúdo ou
conjunto [catálogo] de idéias que sejam somente dela." (p. 12).
"Devo admitir desde o começo
que, na minha opinião, este é o problema mais sério a ser deparado com relação
à dependência literária de Ellen G. White. Isto
atesta um golpe ao coração de sua honradez, sua integridade, e portanto, sua
confiabilidade." (p. 14).
A "conclusão" de nº 4
no estudo é: "Ellen G. White empregou um mínimo de 23 fontes de vários
tipos de literatura, inclusive ficção, em seus escritos sobre a vida de
Cristo". "Na verdade, não há meios de saber quantas fontes
[exatamente] estão representadas na obra de Ellen G. White sobre a vida de
Cristo". (p. 13).
V. Os comentários do Dr. Fred
Veltman procedem de alguém amigo, não de algum oponente da Igreja Adventista do
Sétimo Dia. E ele não era só um amigo, como também um atuante obreiro
adventista antes e depois da pesquisa. A Revista Ministry indagou a Robert Olson, na ocasião secretário
do Patrimônio White, se estava satisfeito com a investigação levada a
cabo por Fred Veltman: "Estou totalmente satisfeito com esse estudo.
Ninguém poderia ter feito um melhor trabalho. Ninguém. Ele [Fred Veltman] o fez
como o faria uma pessoa neutra, não como um apologista". (op. cit., p.
16).
VI. Como se viu, sobre a obra
"O Desejado de Todas as Nações" também é revelado pelo
relatório do Dr. Fred Veltman que 23
diferentes obras foram utilizadas em sua composição, inclusive contos de
ficção, como um romance fictício de uma jovem que escrevia sobre Jesus para o
seu pai, um rico comerciante judeu que morava no Egito. (Veltman’s Report).
VII. Observe esta conclusão feita
pelo Dr. Fred Veltman, que destacamos novamente aqui: "Devo admitir desde
o começo que, na minha opinião, este [o plágio e sua negativa] é o problema mais sério a ser deparado com relação à
dependência literária de Ellen G. White. Isto
atesta um golpe ao coração de sua honradez, sua integridade, e portanto, sua
confiabilidade." (Revista Ministry, nov. de 1990, pág. 14).
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