Parte II
Embora negassem oficialmente o plágio nas obras de Ellen G. White, desde a época em que ela vivia, os dirigentes da Igreja Adventista do Sétimo Dia e alguns assistentes literários tinham conhecimento que Ellen G. White utilizava obras de outros autores para produzir seus escritos. Conforme se pode perceber pela leitura do Relatório da Conferência dos Professores de Bíblia da Associação Geral de 1919, quatro anos após a morte de Ellen G. White, os principais líderes mostraram saber desse fato e alguns demonstravam uma séria preocupação de como fariam para contar aos irmãos da igreja. (Report of Bible Conference, 1919). Quanto desse assunto eles sabiam? Porque esse assunto não chegou às Igrejas?
I. Arthur Daniells, presidente da
Conferência Geral da IASD (na época de Ellen G. White), afirmou em 1919 sobre o
livro "Sketches of Life of Paul" de 1883, que Ellen G. White havia copiado tanto
material do livro "A Vida e as Epístolas de Paulo", que seus
autores Conybeare e Howson, ameaçaram
a denominação em função do plágio. Embora o livro estivesse sendo
considerado para ser vendido pelos colportores, ele foi tirado de circulação (o
livro chegou a ser publicado em 1883 por duas casas publicadoras adventistas,
Review and Herald e Pacific Press; Report of Bible Conference, 1919). Anos mais
tarde, D. E. Robinson, em defesa de Ellen G. White, afirmou que o pr. A. G.
Daniels não deveria se lembrar adequadamente do fato, pois não foram os
autores, mas foi ‘a Editora T. Y. Crowell Co. New York’ que entrou em contato
com a liderança da denominação adventista e que ‘não houve ameaça de
processo’, mas que houve um acordo e o livro foi recolhido. (W. C. White, "Brief Statements Regarding the Writings of Ellen G.
White" (St. Helena, Calif., "Elmshaven" Office, August, 1933,
reprinted, 1981).
II. O relatório da Conferência de
1919 mostra que muitos dirigentes (aqui incluido Tiago White) sabiam desde o
tempo em que EGW ainda vivia, que seus
escritos continham errose que neles
havia plágio (empréstimo
literário) de outras obras. Embora fosse tomada uma decisão durante a
citada reunião para que o relatório ou suas conclusões fossem disponibilizados
para toda a liderança da igreja em todos os níveis, infelizmente nada foi feito para esclarecer aos membros da Igreja e nem mesmo aos
pastores em formação sobre esses assuntos. Embora pessoas de influência tenham
demonstrado claramente essa preocupação (W.W. Prescott, A.G. Daniels e outros) foi feita uma opção pelo silêncio.
As 2400 páginas dos Relatórios ficaram em uma sala da Conferência Geral até
1974, ano em que foram ‘descobertas’ pelo administrador da igreja Dr. F. Donald
Yost e finalmente disponibilizadas à alta liderança. Depois do advento da
internet, e depois de pressões externas, elas foram disponibizadas no site do
White State (www.whitestate.org)
(Report of Bible Conference, 1919).
III. Em 1980 (antes mesmo da
investigação do Dr. Fred Veltman), numa reveladora declaração do presidente da
Conferência Geral da Igreja Adventista, Neal C. Wilson, foi afirmado de
que a alta liderança e o White State sempre
souberam do plágio. Entretanto, Neal Wilson disse que tinha que admitir
que “a quantidade de material que foi tomado ‘emprestado’ era maior do que o
que eles sabiam anteriormente." (Neal C. Wilson, "This I
Believe about Ellen G. White," Adventist Review, 20 Março de 1980, p.
8-10).
IV. Declaração semelhante foi feita
pelo neto da sra. White, Arthur White, pouco antes de sua morte: “É certo que o
intenso trabalho de estudo (...) tem revelado um
uso mais amplo de outros escritos por
parte de Ellen G. White do que era
consciente o White State e os dirigentes da Igreja.” (Arthur L. White,
"The Prescott Letter to W. C. White [6 de Abril de 1915], Washington: EGW
Estate, 18 de janeiro de 1981, p. 4, 7).
V. A srta. Mary Clough, sobrinha
de Ellen G. White, que a serviu na função de assistente literária por algum
tempo entre 1874 e 1875, ciente de como o trabalho de produção das obras de
Ellen G. White era feito, terminou
por denunciar a metodologia literária da tia, confessando ao pr. Adventista
George B. Starr o seu mal-estar em participar de tais atividades. (George B.
Starr, in EGW Estate "Uma declaração concernente ... Fannie Bolton” EGW
State DF 445). O depoimento dela ao pr. Starr é confirmado em um documento
oficial adventista chamado “The Truth About The White Lie” (Document prepared
by the staff of the Ellen G. White State in cooperation with the Biblical
Research Institute and the Ministerial Association of the General Conference of
SDA, August 1982. Revised January 1999).
VI. A assistente de Ellen G. White,
Vesta Farnsworth, numa
surpreendente e sincera declaração ao
obreiro Guy C. Jorgensen, negou que Ellen G. White tentasse impedir que outros
vissem o que ela fazia: "A acusação de que a irmã White cobria os
escritos dela com o seu avental quando um visitante entrava para esconder o
fato de que ela não estava copiando algo de algum livro, é verdadeiramente
absurda. Não era nenhum
segredo que ela copiava passagens selecionadas de livros e periódicos. Mas quando ela estava escrevendo
testemunhos e reprovação a ministros mais velhos, ela às vezes desejou que isto
não deveria ser do conhecimento de obreiros mais jovens. Isto a levou
freqüentemente a cobrir os escritos dela quando as visitas chegavam". (Vesta
Farnsworth to Guy C. Jorgensen, 01/12/1921).
O livro “O Grande Conflito” é um dos clássicos da literatura adventista e um dos livros mais admirados de Ellen G. White. Também houve plágio em sua produção?
I. Em 1980, o Dr. Don McAdams, um
erudito adventista, afirmou nas reuniões de Glendale que, “... se cada
parágrafo do livro “O Grande Conflito” tivesse adequadamente notas de rodapé
indicando as fontes, então
todos os parágrafos do livro teriam referências ao pé da página.” McAdams
também observou: "Ellen G. White não apenas tomava emprestados parágrafos
aqui e ali segundo os encontrava no curso de suas leituras, mas também em
realidade seguia os
historiadores página após página, deixando fora muito material, mas
utilizando sua seqüência, algumas de suas idéias e freqüentemente suas
palavras. Nos exemplos que examinei, não
encontrei nenhum fato histórico em seus textos que não estivesse nos textos
deles.”(McAdams, "E. G. White and the Protestant Historians", p.
231-234, citação geral).
II. Quatro anos após ter negado que
Ellen G. White houvesse praticado plágio, o mesmo Robert W. Olson (responsável
pelo White State) admitiu que "possivelmente cinquenta por cento
ou mais do material do livro “O Grande Conflito” foi extraído de outras fontes.”
(Adventist Review de 23 de fevereiro de 1984). Vale mencionar que H. L.
Hastings, autor não adventista, publicou um folheto intitulado “A Grande
Controvérsia entre Deus e o Homem”. Anos depois, em 14 de março de 1858, Ellen
G. White teve sua famosa visão em Lovett´s Grove sobre “O Grande Conflito”.
Quatro dias mais tarde, em 18 de março de 1858, Tiago White publicou uma
resenha do livro de H.L. Hastings na Review. Seis
meses após a publicação dessa resenha, Ellen G. White publicou sua própria
versão da “Grande Controvérsia”. As idéias foram publicadas em “Spiritual
Gifts”, vol. I. Mais tarde este material evoluiu para converter-se no livro “O
Grande Conflito”. (Review and Herald, 18/03/1858).
III. Sobre a obra "O
Grande Conflito", fruto de cópias de outros autores (empréstimo
literário ou plágio) conforme declarações de Robert Olson e Don McAdams
(eruditos adventistas), Ellen G. White afirmou especificamente: "Enquanto
eu preparava o manuscrito do "Grande Conflito" era sempre consciente
da presença dos anjos de Deus. E muitas vezes as
cenas sobre as quais estava escrevendo se apresentam novamente em visões à
noite, de maneira que estavam sempre frescas e vívidas em minha
mente." (Carta 56, 1911, O Colportor Evangelista, p. 128).
IV. Ainda sobre a obra “O Grande
Conflito”, ao copiar do livro "The History of Protestantism" da
autoria do Rev. J.A. Wylie, até
mesmo a gravura utilizada no livro citado foi transposta para o "Grande Conflito" sem
autorização. ("The History of Protestantism" da
autoria do Rev. J.A. Wylie, p. 30, 1876; "The Great Controversy",
Original 1886, p. 76-77). Para
colocar fim a acusação de uso indevido da imagem, um acordo foi firmado e a
organização adventista comprou 1000 exemplares de outra obra da editora Cassel
& Company.
V. Em defesa de Ellen G. White e
dos editores, a Conferência Geral explica que a matriz foi comprada da Cassell
& Company Ltd., e os documentos que comprovam esta compra foram destruidos
num incêndio da Pacific Press. Mas a comparação entre as gravuras mostra que a
história está mal contada. A gravura que aparece no Grande Conflito parece uma
cópia feita em processo rudimentar; quando se comparam as gravuras, vê-se que
não têm o mesmo tamanho; apagaram o nome do artista e puseram "Pacific
Press Oakland,Cal.". Estes detalhes são importantes, pois se a matriz
original tivesse sido comprada, as gravuras teriam o mesmo tamanho, mesma
qualidade e o mesmo nome do autor. O que será que aconteceu? (Ennis Meyer, adventistas.ws).
VI. Todas as edições da obra O Grande Conflito anteriores a 1911 são falhas com
relação a menção das fontes: autores e livros de onde as ideias, pensamentos e
textos foram extraídos.
Bem, realmente é surpreendente que ela tenha utilizado tanto material de outros autores para compor “O Desejado de Todas as Nações” e “O Grande Conflito”. Mas será que para escrever suas outras obras e seus artigos ela também utilizou material de outras fontes?
I. Durante as décadas de 1980 e
1990 as descobertas e
revelações sobre o plágio que
chegaram aos ouvidos dos adventistas sobre as obras de Ellen G. White evoluiram
desde os clássicos da série “Conflito” (Patriarcas e Profetas, Profetas e Reis,
O Desejado de todas as Nações, Atos dos Apóstolos, O Grande Conflito) para os
livros de saúde, depois para os “Spiritual Gifts”, artigos
e até mesmo os “Testemonies”, que alguns julgavam totalmente originais. O
estudo de Fred Veltman, embora enfocasse o “Desejado”, confirmou o que outros
haviam revelado: dependendo do material utilizado dos escritos de Ellen G.
White, o copiado podia chegar
a até 90% (Veltman Report,
1990). Mas o Veltman Report aponta uma média geral de 31% É tanto plágio
que nem mesmo o livro Educação,
(que depois foi plagiado por um primeiro ministro de uma nação africana)
escapou. E neste livro (Educação), até um
dos mais recitados e admirados pensamentos de Ellen G. White, considerado
como uma das pérolas da inspiração, é de outro autor:
“A maior necessidade do mundo é
de homens – homens que não se compram nem se vendam, homens que sejam
verazes e honestos no mais íntimo de seu ser, homens que não temam chamar o
pecado pelo verdadeiro nome, homens cuja consciência seja tão fiel ao dever
como a bússola o é ao polo, homens que permaneçam ao lado da verdade ainda que
caiam os céus.” (Educação, p. 7, publicado em 1903).
Este pensamento
havia sido publicado na “Review and Herald” na Seção “Seleto” muitos anos antes
e estava sem o nome do autor, porque tinha sido retirado de uma fonte desconhecida ou que não
era aceitável nomear. ["Recheio" Editorial], Review, Tomo 37, n.
6, janeiro de 1871).
II. Em 1898 Ellen G. White
escreveu um artigo que foi publicado na Review and Herald. O artigo dizia
assim: “Nas visões da noite, ministros e obreiros pareciam estar em uma
reunião onde as lições da Bíblia estavam sendo ministradas. Nós dissemos:
‘Temos o Grande Professor conosco hoje’, e escutamos com grande interesse as
suas palavras. Ele disse: “(...)”
III. Após essa introdução, Ellen G.
White citou literalmente uma
cópia do texto de John
Harris, extraido do livro “The Great Teacher” (O Grande
Professor) escrito em 1836 e reeditado algumas vezes. Observe que ela atribuiu ao Espírito de Deus o
trecho copiado do livro de Harris. Note que ela utilizou até mesmo o título
do trabalho de Harris (“O Grande Professor”) dizendo que este tinha sido
mencionado na visão. (Manuscrito 27, Extraído de “Ellen G. White-Mensageira da
Igreja Remanescente”, p. 35. Da autoria de seu neto Arthur L.
White) (John Harris, The Great Teacher (Amherst: T. S. & C. Adams, 1836:
Boston: Gould and Lincoln, 1870) p. 14-18: Veja também EGW, Testimonies for the
Church, tomo 6, p. 58-60) (Review and Herald de Abril 4, 1899).
Há
como defender Ellen G. White nessa questão do Plágio?
Esse assunto torna-se inquietante e desagradável, mas será que é possível defender Ellen G. White ou encontrar as explicações para este procedimento?
Esse assunto torna-se inquietante e desagradável, mas será que é possível defender Ellen G. White ou encontrar as explicações para este procedimento?
I. Vários dos autores dos quais
Ellen G. White copiou eram bastante meticulosos
em seus escritos e indicavam suas fontes. Um caso de destaque é o de J. N.
Andrews, pesquisador e intelectual adventista, do qual ela utilizou considerável material desde muito cedo em sua
carreira literária. (Doug Hackleman, Adventist Currents, junho de 1985).
II. Ellen G. White pediu aos outros
que iriam citar os seus escritos que
fizessem menção dela como autora. Em 30 de janeiro de 1905, David Paulson
solicitou a Ellen G. White que permitisse a utilização de seus artigos para a
sua revista mensal The Life-boat. Willie White, filho de Ellen G. White,
respondeu assim a solicitação em 15 de fevereiro de 1905: “Minha mãe me pediu
que diga ao sr. que pode sentir-se livre de selecionar de seus escritos artigos
curtos para a ‘The Life-boat’. Você pode fazer resumos destes artigos curtos e
de escritos similares,dando o devido crédito em cada caso.” (D. M. C.,
Life of Ellen G. White, cap. 10). Diante disso é estranha a tentativa de defender
Ellen G. White feita por Robinson, de
que "ela atuava sem conhecimento dos padrões literários que consideravam o
uso dos escritos alheios como condenável ou desleal.” (White and Robinson,
"Brief Statements," p. 18).
III. Ellen G. White pediu a seu filho “que não contasse a ninguém” que ela copiava de outros autores. (The Adventist Review, 23 fevereiro, 1984, p. 5 no artigo “Sources of the Great Controversy”).
IV. Para Herbert E. Douglas, a responsabilidade sobre o negar e
ocultar o método utilizado por Ellen G. White ao se valer dos escritos de
outros seria da própria sra.
White. Citando Robert W. Olson, ex-diretor do Patrimônio Literário
White, ele afirma: “’Em minha opinião, ela
não queria que seus leitores, concentrando-se no método, fossem distraídos
da mensagem. A indevida atenção sobre como escreveu poderia levantar dúvidas
desnecessárias a respeito da autoridade do que ela escreveu.” A fala de Robert
Olson neste trecho é incrivelmente reveladora. É desconcertante. É como se ele
estivesse pedindo a todos para
não darmos muita importância ao fato de Ellen G. White se valer do plágio para
produzir suas obras, pois isso poderia nos levar a duvidar da autoridade dela
como profetisa da Igreja Adventista. (Robert W. Olson, "Questions
and Problems Pertaining to Mrs. White´s Writings on John Huss," EGW State,
1985, p. 6)
V. Reservadamente em documentos do White State, Robert Olson afirmou: “Também é fato que ela tinha diante de si os livros de onde copiava os trechos e não uma memória fotográfica.” (...) “Estou convencido de que ela tinha diante de si algumas obras enquanto escrevia, no entanto a igreja crê que ela possuía memória fotográfica e inconscientemente utilizava as palavras de outros autores.” (“Mensageira do Senhor”, p. 462; www.whitestate.org; Robert W. Olson, "Questions and Problems Pertaining to Mrs. White´s Writings on John Huss," EGW State, 1985, p. 6).
VI. Uma única vez, numa contradição de suas próprias declarações de sempre
escrever o que era inspirado em visões, Ellen G. White admitiu, após ser
questionada do ‘porquê’ de suas visões publicadas serem tão semelhantes aos
ensinos dos livros de J. C. Jackson sobre saúde,
de que, como havia muita "harmonia" de pensamento, ela
"copiou" trechos da obra do autor citado. (R&H do dia
08/10/1867).
VII. O que se sabe hoje é que, ao
longo de mais de cem anos, várias
pessoas chamaram a atenção para a questão do plágio nas obras de Ellen G. White.
Canright foi o primeiro a chamar a atenção para esse assunto. Depois William
Patterson, Ingemar Linden, Ronald Numbers, Jonathan Butler, Don McAdams, Warren
H. Johns, Ron Graybill e outros acrescentaram mais dados à evidência já
acumulada de sua dependência literária durante toda a sua vida, de fontes às
quais ela não deu o devido crédito. E por muitos anos e décadas, tanto Ellen G.
White e os responsáveis pelo Patrimônio White, bem como os administradores da
Igreja negaram esse fato, Somente com as críticas levantadas pelo pastor Walter
Rea (e depois tornadas públicas com a publicação do livro White Lie) que a organização adventista se viu
forçada a investigar oficialmente a questão.
VIII. Herbert E. Douglass, numa
tentativa de defender Ellen G. White da acusação de plágio faz a seguinte
declaração: "Ellen G. White não copiou por atacado ou sem discriminação.
O que selecionou ou não selecionou, e como se alterou o que selecionou ‘revela
que ela usou fontes literárias’ para amplificar mais destacadamente ou indicar
seus próprios temas transcendentais; ela
era o mestre, não o escravo, de suas fontes." E ainda mais, Douglass
faz outra defesa estranha de Ellen G. White, ao afirmar que ela
tinha “apreço pelos melhores pensamentos alheios para comunicar a clara
intenção da mente”. (Herbert E. Douglass, Mensageira do Senhor, p. 461, em
inglês). Observe que Douglass, um
defensor de Ellen White, está dizendo claramente que ela gostava tanto das
melhores ideias dos outros, que ela as tomava para si. É verdade. Ela tomava
para si, dizia que tinham vindo de Deus, negava que havia pego dos outros,
compunha seus livros e exigia direitos autorais.
IX. “Ellen G. White havia
descoberto percepções e
fraseologias de outros autores que
a ajudavam a explicar melhor os penetrantes pensamentos que ela queria
comunicar”. (“Mensageira do Senhor”, p. 252, 253, 450-453, em português).
Robert Olson, que foi por vários anos o diretor do White State também se pôs a defender Ellen G.
White: "É fato que Ellen G. White verdadeiramente usou obras de
outros até certo ponto
enquanto empenhada em seus escritos, mas não
há nenhuma evidência da intenção de fraude,
por parte dela, nem há evidência de que qualquer outro autor fosse alguma vez
privado de seus legítimos benefícios por causa das atividades dela."
(idem). Estranho, ele não nega
a intenção de fraude, ele nega a evidência da intenção de fraude. E ao dizer que nenhum outro autor foi privado de seus interesses por
causa das atividades dela, ele deliberadamente deixa de mencionar e gostaria
que não nos lembrássemos do caso do livro que ela plagiou de Conybeare e Howson
em 1883 e quase enfrentou um processo por isso.
X. O White State realizou uma pesquisa interna em 1983 e chegou a afirmar que de todos os escritos de Ellen G. White, em apenas 2% (dois por cento) havia paralelos com as obras de outros autores. Porém, o estudo mais aprofundado do Dr. Fred Veltman revelou em 1990 que esse percentual era muito maior. Atualmente, diante de tantas evidências e do conclusivo estudo do Dr. Veltman, o White State (Depositários do Patrimônio literário de Ellen G. White) em seu site oficial (ellengwhite.org) afirma sem rodeios: "Ellen G. White freqüentemente fez uso de fontes literárias ao comunicar suas mensagens."
XI. No site oficial dos Depositários do Patrimônio
literário de Ellen G. White (ellengwhite.org; whitestate.org) são disponibilizados o resultado oficial
das investigações do Dr. Fred Veltman, o Relatório da Conferência dos
professores de Bíblia da Associação Geral de 1919 (Report of Bible Conference,
1919) e vários outros documentos.
XII. Em 1981, nove anos antes da publicação do conclusivo relatório
do Dr. Fred Veltman (que revelou que Ellen G. White de fato praticou plágio), a Igreja Adventista contratou o
advogado Vincent L. Ramik, um especialista em patentes, marcas registradas
e nos casos de copyright para
defender Ellen G. White das acusações de plágio em seus escritos. O advogado
contratado pela Igreja, como era de se esperar, deu um parecer favorável a sra.
White. As afirmações a seguir são do próprio site do White State (responsável
oficial pelo Patrimônio Literário de Ellen G. White): O "mero uso de
expressões de outros não constitui o roubo literário" (…).
XIII. A opinião legal de Vincent
Ramik: "Ellen G. White não era uma plagiarista, e trabalhos dela não
constituem infração dos direitos de copyright." Ramik continua, ao listar
porque Ellen G. White deve ser inocentada da acusação de plagio: 1) "suas
seleções ‘permaneceram bem dentro dos ‘limites legais' do uso justo.’ 2) ‘Ellen
G. White usou os escritos de
outros; mas na maneira
que os usou, ela tornou-lhes excepcionalmente seus próprios’ (…) ‘adaptando
as seleções em sua própria
estrutura literária.’ 3) ‘Ellen G. White incitou seus leitores a terem cópias
de alguns dos livros que ela empregou, demonstrando que não tentou esconder o fato de seu
uso de fontes literárias, e que não teve nenhuma intenção de fraudar ou
substituir os trabalhos de nenhum outro autor." Ressalte-se que Ramik não era um juiz julgando um
caso, mas apenas um advogado dando um parecer a um
cliente. As leis que punem o plágio só passaram a valer nos Estados Unidos
em 1916, um ano após a morte de Ellen G. White. (O parecer do advogado católico
levou em consideração as leis vigentes nos Estados Unidos sobre direitos
autorais entre 1850 e 1915 e foi publicado na Adventist Review em 17 de
setembro de 1981, p. 3, e também se encontra no site do White State).
Perguntas:
I. Ao longo de sua carreira
literária, Ellen G. White negou diversas e reiteradas vezes que utilizasse
outras fontes, que não os seus sonhos e visões para escrever seus livros. No
entanto, ela de fato copiava de outros autores, sem atribuir-lhes crédito. Que nome dar a essa atitude?
II. Porque Ellen G. White copiou de outros
autores sem dar-lhes crédito?
III. Porque Ellen G. White
afirmava estar sendo inspirada por Deus ao
mesmo tempo em que praticava plágio?
IV. Porque Ellen G. White negou direta ou indiretamente a sua
verdadeira metodologia literária?
V. Porque os dirigentes da
Igreja Adventista (que tinham
consciência do plágio) não
advertiram ou repreenderam
Ellen G. White? Se o fizeram, porque ela continuou?
VI. Porque os dirigentes da
Igreja adventista negaram e decidiram ocultar dos membros da igreja a verdade sobre os métodos
utilizados por Ellen G. White ao escrever seus livros?
VII.Por que a Igreja afastou
da organização e retirou a credencial do
pastor que levou o assunto à administração da IASD?
VIII. Porque o relatório do Dr.
Fred Veltman não foi apresentado a
toda a Igreja em todo o mundo?
IX. Precisava Ellen G. White ser
defendida por um advogado? O
parecer do advogado inocenta ou ratifica a culpa de Ellen G. White?
X. O advogado foi contratado para
dar um parecer específico a um cliente particular. Se o parecer fosse contrário ao
esperado, teria ele sido divulgado pela Igreja?
XI. O advogado Vincent Ramik disse
que ela não seria condenada pelas leis americanas sobre direitos autorais do
período. Isso torna correto o
que Ellen G. White fez?
XII.O fato de Ellen G. White não
ser considerada plagiária por um advogado torna
moralmente correto o que ela fez?
Um comentário:
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Olá irmão em Cristo..estou divulgando e conclamando adventistas para que sejam honestos quanto a questão, e fundamentem suas crenças em Cristo apenas.
Deus me deu uma visão da igreja adventista da nova aliança e estou montando um site... www.igrejaadventista.rede.comunidades.net
Conto com suas orações, amizade, conselhos e tb criticas
Que Deus nos ilumine e nos abençoe!
Amém
Sodré
11- 5827 03 79 Fixo
11- 9 7097 0102 Vivo
11- 9 8027 5970 Oi
11- 9 5222 6233 Tim
11- 9 7674 4787 Claro
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